Alma,

Hoje passei o dia sem nada fazer e passei a circular em jornais de cá e de lá, nesse nosso mundo tão grande e minimal ao mesmo tempo. E em Budapest, li algo sobre um homem e um sonho. Evidentemente sabes bem, que nada sei do idioma do zeide, então corri para o ABC, de España.

E lá estava o Herzl... e lá pude ler e cair na data!

Como pude esquecer, ó pequena alma!! Era o aniversário do homem que iniciou o sionismo político e "pai intelectual" do Estado de Israel.

Viena e Budapest comemoraram o dia e eu acabei encontrando livros para as horas de folga.

E o Herzl? Bem, vou transcrever aqui parte do que li no ABC:

Herzl, que viveu até os 17 anos em Budapeste e o resto de sua vida em Viena, ocupa um lugar de destaque na historiografia judaica.

"(Herzl) é um dos maiores. É uma espécie de Moisés moderno. Ele mudou totalmente a autoestima dos judeus", declarou à Agência Efe em Viena o historiador e escritor Doron Rabinovici.

A teoria de Herzl era de que, com a existência de um Estado próprio, os judeus poderiam ser fortes, algo "revolucionário" para um povo que tinha sofrido violentas perseguições durante séculos.

Com a chegada do sionismo, "os judeus se transformaram em protagonistas da história e deixaram de ser indefesos. Esta foi a grande conquista de Herzl", explica o autor austro-israelense.

Para lembrar Herzl e sua visão de um lar nacional para os judeus, as comunidades hebraicas de Viena e Budapeste realizam atos em suas respectivas sinagogas centrais neste domingo.

"O paradoxo do Estado de Israel é que, para sua fundação, o Holocausto teve que acontecer primeiro", assegurou Novak.

O impacto psicológico da mera existência de Israel é enorme para os judeus, apesar dos graves problemas do país, tanto internamente como na relação com seus vizinhos árabes.

"Se um judeu vive hoje em Nova York, Paris ou Moscou, já não está no exílio como antes. A diáspora deixou de ser um exílio. O exílio e sua maldição terminaram", conclui Rabinovici.